Carta de Apoio aos Educadores e Educadoras
Pelotas, de agosto de 2017.
Não é de hoje que o estado do Rio Grande do Sul tem dificuldades financeiras. A dívida com a
união vem sendo tratada de diferentes formas pelas gestões que assumem o estado, no qual,
atualmente, se percebe o afunilamento de investimento no serviço público de educação.
Os problemas com a classe docente não são recentes. Há um processo no Rio Grande do Sul de
precarização da docência, que inclui o não cumprimento com o piso nacional do magistério, bem
como os sucessivos parcelamentos dos salários e do décimo terceiro.
Julho foi o 18º mês consecutivo em que houve parcelamento do salário dos servidores: desde
fevereiro de 2016 o estado não paga todos os servidores em dia. Essas medidas demonstram
constante desrespeito aos direitos constitucionais do funcionalismo público.
Além desse contexto salarial, o ensino público tem sido alvo de mudanças e proposições que ferem
a integridade da atuação dos professores em suas áreas, como a Reforma do Ensino Médio e a Lei
Escola Sem Partido.
Essas problemáticas atingem não apenas os professores, mas, também, os alunos que são privados
de um ensino de qualidade e nossos futuros colegas de profissão Gera-se um cenário de insegurança
acerca da profissão docente.
Nesse momento de ataques ao serviço público, e, principalmente, aos professores, é um momento
de união de classe educadores, professores, professoras, alunos, alunas, comunidade escolar e
futuros professores devem somar essa luta, buscando um ensino público, gratuito e de qualidade!
No qual os professores recebam os seus salários, principalmente, e que o governo comece a cumprir
o piso nacional e nossos professores possam realizar seu trabalho de forma digna.
Por isso nós do pibid geografia UFPel apoiamos os professores e professoras da rede estadual de
ensino do Rio Grande do Sul em todas as lutas, greves, paralisações e movimentos. Entendemos que
para construir uma educação de qualidade, os esforços devem começar desde já, porque como chico
Buarque diz, “apesar de você (governo) amanhã há de ser outro dia”.
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